segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Port Jane Guy, a Cidade na Fronteira do Mundo


Próxima ao extremo sul do mundo, um amontoado confuso de telhados surge repentinamente em meio a neblina fantasmagórica, revelando aos poucos uma cidade portuária escondida entre os penhascos gelados. Escunas e barcaças de Windlan deslizam entre o mar pontilhado de icebergs, trazendo mantimentos e equipamentos de importância vital para aqueles que vivem em uma região inóspita, fria, isolada e ainda pouco conhecida, e que por isso mesmo atrai a curiosidade de exploradores e pesquisadores de diversos lugares.


Sendo uma das colônias de Windlan em Gaspari, Port Jane Guy é administrada pelo Capitão Sparkweather, um dos oito Reais Expedicionários da Rainha Vermelha. Sparkweather, um dos integrantes de maior renome dos Corsários Dragões de Rubi, é um homem elegante de cabelos brancos e óculos de aro negro, sendo facilmente reconhecido quando chega a cidade a bordo de seu navio King Crimson. Aos Dragões de Rubi é dada a responsabilidade de proteger o território marítimo de Port Jane Guy e as rotas que conduzem a Windlan e outras colônias, especialmente Port Smoke em Awetika. Entre as principais ameaças encontradas pelos corsários estão piratas de Ashrani, também interessados nas rotas marítimas e eventuais expedições conjuntas de Aurin e Bergard (que possui grande experiência em águas geladas) rumo a Geleira Fim do Mundo. Apesar de raramente entrarem em confronto direto, esses grupos despertam grande apreensão com relação a seus propósitos na região. Recentemente, até mesmo Piratas de Iblis tem sido vistos, e só o que se sabe a respeito de sua presença é que foram contratados na cidade de Khaldur em Al-Gober.

A região portuária de Jane Guy possui um grande farol e pitorescas fileiras de postes de ferro pelo cais, que ajudam os navegantes a encontrar a cidade mesmo em meio a neblina mais densa. Aves Marinhas e gordas focas ficam sempre a espreita de uma oportunidade de conseguir comida fácil com algum carregador descuidado ou transeunte distraído. Nativos da Costa dos Albatrozes, que foram quase exterminados por desbravadores de Aurin séculos atrás, são uma presença comum no porto, procurando trabalho enquanto mantém suas tradições e continuam a reverenciar os espíritos do mar, em especial um espírito na forma de uma grande tartaruga que parece ser o patrono da tribo.  Escondido no porão de um pequeno pub, um destacamento dos mercenários Black Wolves oferece seus serviços a quem pagar mais. Entre seus homens estão um espadachim que lutou na Garganta do Abismo em Windlan, um robusto e circunspecto Clockwork e um ex-legionário de Aurin.

As ruas estreitas e caóticas de Port Jane Guy são um mosaico de armazéns, lojas e casas de madeira, algumas feitas com partes de embarcações e sobras de outras construções, e todas decoradas com grandes luminárias de ferro. O improviso é a regra principal para os construtores na cidade, visto que o material é escasso e não pode ser desperdiçado. Clockworks são uma presença comum, e em meio ao amontoado de prédios de madeira e casas-barco fica um lugar conhecido como o "Clockheart", uma estranha fábrica de peças mecânicas que guarda segredos com relação a raça artificial de homens-máquina.

Distante de tudo, a cidade polar tem dificuldades sérias de comunicação com outros lugares. O serviço de correio de Windlan é amplamente respeitado e necessário, apesar das confusões causadas por um carteiro leitor compulsivo, que facilmente se distrai de seu serviço e sempre acaba atrasando suas entregas. Os Clockmakers, a Guilda de Inventores de Windlan, vêem Port Jane Guy como o desafio perfeito para uma de suas pesquisas, que envolve a transmissão a distância de ondas sonoras através do ar usando estranhos aparelhos. Apesar de terem obtido um certo avanço, existe alguma anomalia que interfere nas transmissões e preocupa os Clockmakers, uma vez que seu ponto de origem parece vir de algum lugar desabitado e desconhecido no meio da Geleira Fim do Mundo. 

Port Jane Guy é a cidade perfeita para os que desejam fugir do mundo, se isolar de tudo após algum trauma ou tragédia, e a maioria de seus habitantes que não são pesquisadores ou mercadores segue esse motivo. Mas também existem aqueles que desejam o esconderijo perfeito para atividades nefastas. Há rumores de remanescentes do Culto a Orcus disfarçando sua identidade entre os moradores comuns enquanto planejam a reestruturação de seu terrível grupo. Porém boatos ainda mais obscuros falam sobre uma garota pálida de cabelos negros que surge em meio a neblina, por vezes acompanhada por um sátiro, que mantém uma vigilância constante sobre os cultistas e parece aguardar o momento certo para desencadear contra eles um golpe calculado e definitivo.

2 comentários:

  1. Nossa! :O

    Sem palavras xD
    Talento é talento e-e

    O que mais me chamou a atenção foi a descrição nas três primeiras linhas, ficou incrivel :D

    Parabéns Bardo *-*

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  2. Queremos atualizações! Queremos atualizações! Queremos atualizações! Os fãs exigem!

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