domingo, 7 de novembro de 2010

Khaldur, a Cidade Infernal

Surgindo em meio as dunas como uma máquina demoníaca, prostrada sobre uma larga baía na Costa de Âmbar, a gigantesca e enfumaçada cidade de Khaldur é uma obra de engenharia mecânica ao mesmo tempo fantástica e assombrosa. Seu porto é um labirinto caótico de placas de ferro incrustadas de ferrugem, e suas muralhas com engrenagens expostas são guardadas por golens a vapor com formas extraídas de pesadelos. Não é a toa que Khladur já foi apelidada por viajantes de "Cidade Máquina do Juízo Final".


Khaldur foi fundada pelos dois irmãos que atualmente governam a cidade: Fatin, o mais velho, um erudito e discreto necromante que se auto proclama senhor de toda Al-Gober; e Wazir, um meio-golem de ferro e inventor brilhante, que se auto proclama senhor do mundo inteiro. Filhos de uma união fora do casamento de uma ex-condessa de Seawyrm com um contrabandista da Tribo de Iblis, eles criaram a cidade como um entreposto comercial para os navios que passavam pela Costa de Âmbar. Ironicamente, a cidade atualmente é um local de disputa entre os piratas Crânios Caolhos de Windlan e a própria Tribo de Iblis. Os dois irmãos mantém a ordem na cidade com punho de ferro, ao mesmo tempo que deixam que os piratas lutem quando lhes é conveniente ou lucrativo. Para os dois governantes, não há vingança melhor do que transformar os filhos dos dois povos que os geraram e rejeitaram em apenas peças de um tabuleiro com as quais se divertem.

O mercado de Khaldur é um lugar perigoso e sombrio, mas todos aqueles interessados em algum tipo de comércio ilegal sabem que irão encontrar o que procuram. No coração de uma terra sem lei, a cidade oferece de escravos e drogas até venenos e pólvora. Mesmo em uma simples caminhada próxima ao porto é possível encontrar produtos como armas brancas exóticas e animais peçonhentos vivos. Apenas o mercado de artefatos mágicos é mantido sobre controle absoluto, e muitas vezes os clientes têm de responder ao próprio Fatin para fechar negócio.

Outro lugar de grande movimentação na cidade é a Arena de Khaldur. Com a destruição do Sultanato de Gehenna, ela passou a ser a única arena de grande porte em Artabana, passando a sediar todos os jogos anuais. Muitos burocratas discursam em Windlan sobre como lutas em arenas são algo bárbaro e arcaico. Porém, mais de um deles já foi visto apostando longe dos olhos da nobreza em seus escravos mais fortes ou habilidosos, que enfrentam provas que vão de corridas com camelos até duelos desesperados com bestas capturadas no deserto. A maior parte do lucro obviamente vai para os dois senhores da cidade, mas eles não desperdiçam a mina de ouro financiando tanto Windlan como Iblis para que tragam homens para lutar, sempre fazendo com que ambas tenham um equilíbrio em suas forças. Alguém sábio perceberia como a Arena é um reflexo do que acontece em toda a cidade, mas Khladur não é uma cidade para sábios. Atualmente , o campeão da arena é um garoto de Windlan chamado Van Gills, criado e treinado por orcs e capturado quando sua tribo foi destruída pelo Exército Real. A Tribo de Iblis pretende virar a disputa com Ibana, uma guerreira experiente capturada em Iroko. Porém, há rumores de que a mulher estaria planejando uma rebelião de escravos, e em breve a Arena pode ser palco de uma luta em que os gladiadores adversários não serão mais os alvos.

Os nativos de Iroko, ex-escravos ou não, que habitam a cidade estariam ajudando essa rebelião. Sabe-se que há um lugar escondido nos dutos subterrâneos da cidade de onde se pode ouvir o som de tambores a distância, ecoando pela noite. Os Hashashin também são suspeitos de estarem secretamente ajudando os escravos. Uma bela Hashashin de olhos verdes, cuja identidade é desconhecida, já matou mais de um mercador de Iblis em Khaldur, e sua cabeça foi colocada a prêmio. Suspeita-se que a guilda de assassinos de Al-Dasht esteve envolvida na queda de Gehenna, e sabe-se que foram eles que mataram o pai de Fatin e Wazir em Seawyrm antes de serem expulsos de Windlan. Mesmo que não tivessem qualquer simpatia pelo velho, os irmãos reconhecem isso como uma prova de que o poder da cidade pode estar ameaçado.

Wazir, do alto de sua megalomania, se prepara para esmagar qualquer resistência colocando suas fornalhas para funcionar a todo vapor e ampliando suas fileiras de gigantes-máquina. Já Fatin não parece demonstrar tanta preocupação. Ele tem sua própria proteção, além dos lacaios morto-vivos que frequentemente empresta como brinquedos a seu irmão mais novo. O estudioso necromante, que vive trancado em sua torre, fez um pacto com espíritos das Terras Sombrias, a cinzenta terra dos mortos do Aether. Recentemente, aqueles que saem a noite pelas ruas de Khaldur evitam ao máximo andar em becos estreitos e isolados, onde podem perder mais do que seus pertences. Sabe-se que Fatin conseguiu resgatar o tocador de cítara louco, Fizz Al Din, que estava desaparecido desde a destruição de Gehenna. O governante da cidade agora ouve com atenção e interesse as histórias do velho sobre as Torres do Mar Primordial, e sobre os poderes antigos que lá se escondem.

3 comentários:

  1. Tô ligado que vou chegar nessa cidade justamente na hora da rebelião... e como eu sou de Iroko, vou ajudar no processo... vai ser bagaceira, quem vai gostar mais que eu desta parte, será o chacal! Pelo que me parece a cidade cheira a sangue.... auahauhauhauahuhauhaa

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  2. Rapaz, malditas conspirações para dominar terras! Meu Orc Thanatus morreu porque sabia demais...¬¬

    P.S: Mexer com poderes antigos/ancestrais pode dar, ou melhor, provavelmente dará um problema tão colossal...porque todo megalomaniaco quer dominar poderes ancestrais além de sua compreensão, não se pode mais dominar fazer uns assassinatos bácisos e umas pilhagens ali e aqui...NÃO!Temos que dominar poderes ancestrais que muito provavelmente podem exterminar todos os nossos inimigos e a nós mesmo no processo! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Saudades do meu Orc Thanatus... :( Será que há alguma maneira dele retornar? Gostei tanto daquele personagem, meu Orc Guerreiro Estrategista!

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