Huakan é uma terra ainda pouco explorada e repleta de segredos. Nas selvas escuras ou nas estranhas ruínas do deserto, criaturas de outras eras ainda se escondem da luz do conhecimento humano.
Aderente: Alguns séculos atrás, um grupo de navegantes de Aurin, que buscava novas terras ao sul, desapareceu enquanto explorava as selvas de Andina. Entre as únicas evidências de sua passagem estão navios naufragados e ossadas que agora assombram os lamaçais, mas não foram estes os que sofreram o pior destino. Andando cambaleantes pela cidade dos mortos que um dia profanaram, seres semelhantes a múmias expõem uma das mais terríveis maldições testemunhadas pelo mundo. Abaixo do que parecem ser bandagens de uma seda transparente e pegajosa, estão corpos dilacerados de algo que um dia já foi humano. Condenadas a sofrer de frio e fome enquanto guardam os túmulos sagrados, essas criaturas miseráveis avançam vorazmente sobre qualquer intruso para avidamente lhe tomar o sangue, preço que eles mesmos tiveram de pagar pelo ouro saqueado da necrópole.
Gíssico: Uma das feras mais temidas da Floresta dos Sussurros não é um jaguar ou serpente, mas uma imensa e bizarra criatura semelhante a uma vespa. Os seres conhecidos como Gíssicos são temidos até mesmo pelos krokan, que defendem suas vilas suspensas com armadilhas em forma de rede. Na verdade, esses horrores voadores não são realmente insetos, mas aberrações vindas de uma outra realidade, que de alguma forma encontraram um caminho de sua prisão escura até este mundo. No lugar de veneno, eles possuem uma toxina que altera o funcionamento do cérebro, transformando suas presas em escravos que lutam até a morte para defendê-los e de muita boa vontade se oferecem como alimento a suas larvas famintas. Não se sabe a real dimensão do ninho desses terrores insetóides, cujos túneis parecem conduzir diretamente para uma geleira nas montanhas que aos poucos tem derretido nas últimas décadas, e onde muitos deles ainda podem estar adormecidos.
Aranha Interplanar: A figura da aranha aparece com frequência na arte dos povos nativos de Andina, seja no artesanato, nas paredes dos templos ou nas misteriosas linhas do Deserto Uivante. Parte dessa simbologia vem dos encontros com imensas e misteriosas aranhas que vivem em oníricas cavernas nos pontos mais altos de Andina. De aparência surreal, com patas terminadas em tenazes articuladas e olhos expressivos que parecem cristal líquido, essas aranhas nativas de Aether guardam enigmas tão intricados quanto suas teias. Completamente silenciosas, elas se comunicam através de um nível de consciência especial, atingido apenas por alguns xamãs. Eles falam que por trás da máscara de uma criatura ingênua e curiosa se esconde uma inteligência que conspira segredos assombrosos sobre antigas tramas de sua espécie.
Arbusto Errante: Os xamãs cientistas de Andina estudam os minúsculos fragmentos de almas que são absorvidos pelas plantas dos mortos sepultados em suas proximidades. No entanto, existem casos em que uma ou várias consciências inteiras passam a fazer parte de uma matéria vegetal, dando origem aos seres conhecidos como Arbustos Errantes. Assumindo formas vagamente humanóides, eles caminham pelas selvas e pântanos enquanto buscam um sentido para suas novas existências. Alguns entre os mais sentientes se tornam guardiões do verde, protegendo seus lares com a força concedida por seus corpos envoltos em vinhas e raízes. Já outros, especialmente os nascidos em antigos campos de batalha, podem se tornar bestas violentas e perigosas, movidas pelo rancor de um exército inteiro.
Escavador: Entre as maravilhas deixadas pela civilização desconhecida que habitou o Deserto Uivante, poucas são mais surpreendentes do que seus prodígios na bioengenharia. Vivendo quilômetros abaixo da crosta ressecada do deserto, estão máquinas de escavar vivas que trabalham incessantemente criando estranhos padrões de túneis. O corpo de um Escavador é uma grande massa acinzentada que lembra uma lesma, com dois pseudópodes na parte dianteira do corpo. Sua pele rígida e esculpida é recoberta por um potente muco que corrói rochas e metais, e é dessa forma que a criatura obtém seus nutrientes. Deixados para trás em uma era esquecida, eles aguardam pacientemente o retorno de seus mestres enquanto realizam sua árdua tarefa, por vezes causando terremotos sentidos em toda a região.
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