sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Classe Variante: Fitomante (Espiritualista)


Nós os enterramos,infectando o solo com nossas almas.
Nós os enterramos, maculando terra e água com as cinzas vivas de nossas almas.
E a gravidade nos puxa para a terra.
E as plantas crescem.
Warren Ellis, Planetary #21: Telemetria da Máquina da Morte.


Quando os primeiros navegadores de Windlan chegaram a Andina, junto a eles vieram pesquisadores de diversas áreas, prontos para desvendar os segredos da nação desconhecida. Arqueólogos, antropólogos e naturalistas enfrentaram o perigo das selvas e montanhas para registrar em seus tomos de conhecimento as descobertas feitas pelos exploradores estrangeiros. Mas um pequeno grupo que entrou em contato com tribos nativas (incluindo o estranho povo-pássaro conhecido como krokan) não estava preparado para o que iria encontrar.



Possuidores de uma sociedade centrada em seus guias espirituais, os nativos de Andina usam de diversas plantas alucinógenas em seus rituais, através das quais entram em contato com os espíritos de seus antepassados. O uso de drogas naturais em rituais xamânicos é uma prática comum ao redor do mundo. Porém, ao estudar as tradições das tribos e as plantas utilizadas pelas mesmas, o pequeno grupo de pesquisadores descobriu um potencial único, uma porta para um novo tipo de percepção que leva a mente aos locais mais sutis do Aether.

Aliando conhecimento científico com a sabedoria dos povos nativos, os fitomantes dedicam suas vidas a pesquisar plantas exóticas com as propriedades desejadas, e através delas preparam estranhas infusões e elixires, com os quais induzem em si mesmos ou em seus aliados um estado de transe no qual conseguem guiar suas consciências até uma memória espiritual impregnada na vegetação. Essa memória secreta, a qual somente estes estranhos cientistas-xamãs tem acesso, é criada por um reminiscência daqueles que ao morrer foram absorvidos pela terra, que então em seu ciclo natural incubou as sementes que no processo também absorveram parte dessa energia espectral.

Obviamente, nem todos possuem o potencial necessário para se tornar um fitomante. Poucos possuem ao mesmo tempo o estudo necessário para lidar com as perigosas drogas, que administradas incorretamente podem se tornar venenos letais, e a sensibilidade para ganhar o respeito e confiança dos povos tribais que a séculos conhecem os melhores métodos de encontrar e extrair as plantas. É preciso também força de vontade para lidar com as visões geradas pelas substâncias tóxicas, que para os de mente mais fraca se tornam apenas um delírio sem sentido, podendo até mesmo gerar dependência das ervas especiais como se fossem uma droga qualquer. Desempenhando um trabalho sério, buscando nos universos escondidos na essência das plantas fragmentos de um conhecimento perdido, os fitomantes dispensam qualquer um que não possua a dedicação e a sensatez necessária para descobrir os pequenos mundos repletos de conhecimento que a natureza encerra em si.

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