Classe de Prestígio: Dançarina Espiã

My dance is a sacred poem in which each movement is a word and whose every word is underlined by music.

Mata Hari

Aqueles que observam os sedutores movimentos dessas dançarinas exóticas, fascinados por seus movimentos lânguidos e graciosos, não imaginam a astúcia mortal que se esconde sob seus véus de seda. E não se preocupam com isso até que seja tarde demais.

Apesar de sua dança ter raízes em diversas culturas e nações além da de Al-Dasht, particularmente em Ashrani e Tawosret, é na cidade de Azatta em Jezirat que são treinadas as letais dançarinas espiãs, versadas não apenas na arte da performance como também mestras na sedução, disfarce... e assassinato.

Essas odaliscas são em sua maioria integrantes especiais dos Hashashin, que ao invés de se ocultarem nas sombras usam como artifício a distração criada pelos seus movimentos e pela aura exótica e sedutora que emanam.

Podendo se infiltrar facilmente nos lugares em que pessoas influentes e poderosas se despem de sua discrição inebriadas por seus prazeres secretos, elas conseguem manter suas verdadeiras intenções escondidas enquanto entretem e encantam seus alvos. Felizes são aqueles de quem elas necessitam apenas uma informação ou pertence, pois a vítima de uma dançarina espiã só costuma notar após o ápice de seu êxtase que teve um punhal cravado em seu coração.

As dançarinas também desenvolvem diversas maneiras de envenenar seus alvos sem que eles percebam, seja através de bebidas, jóias especiais ou mesmo de pequenas serpentes ocultas entre seus véus. Parte do treinamento de uma aspirante a dançarina espiã envolve dançar com cobras peçonhentas enroscadas ao corpo, sem perder a calma e a concentração que mais tarde serão necessárias para desempenhar seus serviços.

Recentemente, essas perigosas mulheres deixaram de agir apenas no sultanado, pois o interesse crescente das poderosas nações de Windlan e Aurin pelas nações do leste fez com que as elites de ambas passassem a alimentar um desejo e admiração pelas belezas exóticas das terras orientais. Essa apreciação abriu terreno para que as dançarinas passassem a agir também nas terras estrangeiras, mantendo um olhar atento sobre os interesses cobiçosos dos dois países sobre Jezirat.